A coordenação Nacional do Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Tráfico Humano completará três anos. Neste período, diversas iniciativas foram organizadas pelo grupo, visando contribuir para ações de enfrentamento ao tráfico de pessoas no país.

A proposta em criar uma coordenação em âmbito nacional foi motivada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz e Comissão Pastoral da Terra, buscando articular outros grupos que trabalham nesta mesma temática pelo Brasil.

O bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra, dom Enemésio Angelo Lazzaris, destaca três importantes contribuições do grupo, são elas: participação na elaboração do segundo plano nacional de enfrentamento ao tráfico humano, aceleramento da proposta de Campanha da Fraternidade sobre o tráfico de pessoas e a realização do 1º seminário sobre a CF 2014, ocorrido em novembro de 2013.

Encaminhamentos

Reunidos na sede da CNBB, em Brasília, na sexta-feira, 31, a coordenação do GT fez uma retrospectiva dos trabalhos realizados e definiu o calendário de atividades para este ano. “Avaliamos a nossa caminhada com o objetivo de darmos outros passos. A proposta é justamente fortalecer as lideranças que estão em contato com o Grupo de Trabalho (GT) e as pessoas que participaram do seminário”, comenta dom Enemésio.

De acordo com o bispo, a ideia é formar a base e criar um diálogo com as lideranças dos vários GTs sobre o tráfico humano e que atuam no país. O grupo pretende realizar o 2º Seminário, que será um espaço para o contato com organismos que atuam nas políticas públicas com o objetivo de dar visibilidade aos trabalhos do GT de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB.

“Precisamos dessa reflexão para estabelecermos possíveis parcerias e reforçar aquelas que já existem para que as ações ao enfrentamento sejam conjuntas e ganhem mais força”, explica o bispo.

Tráfico humano

A secretária executiva da Comissão Justiça e Paz, irmã Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante, explica que o grupo tem o desafio de cobrar políticas públicas em favor da dignidade da pessoa. “O GT tem contribuído para que a Igreja e a sociedade possam estar atentas e sensibilizadas a esta temática que é o crime de tráfico humano”, disse.

Para irmã Henriqueta, um dos avanços do grupo é o fortalecimento das ações de enfrentamentos nos estados brasileiros, possibilitando a realização de um trabalho integrado. “Podemos nos articular com outros segmentos que também estão empenhados no combate a esse crime”.

A religiosa destaca o crescimento da rede “Um grito pela vida”, iniciativa da Igreja Católica que vem incentivando o trabalho de proteção da vida. Uma das ações previstas será realizada durante a Copa do Mundo no Brasil, com o lema “Jogar em favor da vida”. A comissão desenvolverá atividades de conscientização e prevenção ao tráfico humano.

“Nossa sociedade ainda é indiferente e insensível. Precisa despertar e considerar que o tráfico humano existe. É necessário unir forças em defesa das pessoas que são traficadas, para que tenham sua dignidade respeitada como filhos de Deus”, conclui irmã Henriqueta.

Fonte: CNBB

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