O Fórum Social Mundial, que ocorreu em Salvador, de 13 a 17 de março, foi marcado por um caso de extermínio que ficará na história dos movimentos sociais e de lutadoras e lutadores que estão na caminhada por um outro mundo possível e justo. No dia 14 de março, a vereadora Marielle Franco foi executada no Rio de Janeiro.

Nora Cortiñas, Madres de la Plaza de Mayo

Em atividade no Fórum Social Mundial, na Tenda Direitos Sociais e Saúde, a rede Jubileu Sul Brasil, coordenou uma roda de conversa sobre as consequências da militarização no Haiti e no Rio de Janeiro.
Em entrevista feita por Cristiano Morsolin, colaborador da Agência SIR-Vaticano, Rosilene Wansetto falou sobre o contexto do Fórum Social Mundial, Marielle Franco e ações da rede. Aqui, segue a entrevista. A notícia completa, pode ser lida aqui em italiano.
Por Cristiano Morsolin (colaborador da agência SIR-Vaticano)
O que  você pensa do assassinato da Marielle Franco e o impacto na luta das mulheres do Brasil?
Estamos todas arrasadas, dilaceradas, mas não podemos deixar que a morte de Marielle fique impune. Precisamos, ainda, ficarmos juntas, unidas, para nos fortalecer e nos defender! Marielle estava denunciando a violência e a militarização que o povo do Rio está enfrentando. Nós mulheres precisamos denunciar o que está ferindo a vida de nossos filhos, de nossa sociedade é de todas nós. Marielle foi mulher, negra, da periferia que enfrentou o poder.
O que pensa a rede Jubileu Sul sobre a intervenção da polícia no Rio de Janeiro?
A militarização e a criminalização das lutas, dos movimentos e das lideranças estão em forte ascensão aqui no Brasil, O Rio é um foco, lá estão soldados que estavam no Haiti. A vida do povo está sendo dilacerada pelos processos de militarização. E como Jubileu Sul estamos denunciando esse modelo há mais de 10 anos e agora vemos na prática o que nosso povo ainda terá que enfrentar aqui e em toda a América Latina.
Quais projetos a Rede Jubileu Sul Brasil está organizando no momento?
Estamos trabalhando com o cancelamento da dívida e da medida do Presidente Michel Temer que congela investimento sócias para garantir o pagamento dos juros da dívida, atingidos por megaeventos e Instituições Financeiras Internacionais, e mulheres na defesa e na luta por direitos.
Você agora está em Salvador da Bahia pelo Fórum Social Mundial, que contribuições tem Papa Francisco com os movimentos populares?
Hoje o apoio do Papa ao Fórum Social Mundial é fundamental pois dá mais visibilidade a luta e à resistência popular.

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